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segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Consternação do poeta.

Minha poesia é lágrima
Que desce pela face dolorida;
É dor profunda, uma despedida,
A cena triste, sempre adiada.
Não faço versos só de desalento,
Há revolta nas letras unidas,
Há desespero por saber perdida
A dracma jamais achada.
Se ao menos meu destino fosse
Andar errante pelos oceanos,
Como Ulisses, em seus gregos planos,
Sem ver armada em sua casa a foice?
Não teria uma dor profunda
A torturar meu peito angustiado.
Ou não saber, por ser um exilado,
É mais castigo que a cova funda?
A mim, me coube suportar o jugo,
Mas o amor renasce em outro tempo,
Trazendo em seu braço alento,
Lenço que a lágrima enxugo.
Sei que nada dura eternamente.
A dor de hoje é lição pra vida!
E mesmo sendo, dura é a lida
De um poeta, quando a pressente.

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